19 de nov. de 2007

Posso...


Posso… drenar o olhar o quanto quiser, mas não posso apagá-lo se a dor vier. Recordar-te em sonhos e libertar-te em vida, sentir-te distante em mim na memória da primeira investida. Respirar o que aqui restou, e encarar que ali tudo acabou. Desenhar-te com traços de imaginação, e acordar na rua com os pés no chão. Tocar no desejo do espaço, e deixar-me vencer pelo cansaço. Lutar sem objectivos eminentes, e desfazer-me nas derrotas proeminentes. Correr sem me deixar afastar, até todo o solo se converter e abalar. Mas não… não posso deixar de me amar.

archive